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GÉRSON VAGNER G V
Sue Real

E o enredo, de tão bendito, se passa por inaudito,
pois é teu e meu somente, só agora ele é escrito.

EU AMO

Por que sobre minha vida é isso...
Isso é tudo...

me by her
Artista brasileiro, escreve em verso desde 1999 e em prosa desde 2004, e segue preenchendo as lacunas da vida com algumas composições musicais, fotografias e pinturas.


Nascido em Três Rios, Rio de Janeiro, no ano de 1985, é levado para Foz do Iguaçu, Paraná, com apenas seis meses de vida onde reside até seus quase trinta anos. Após vivido pequenos períodos em outros municípios do estado, reside atualmente em Cascavel com sua amiga esposa, Sue Baptista, que lhe assessora.


Dos três rios para a terra das muitas águas, a poesia brotou inevitável, incontida, bravia e veloz refletindo em todas as suas artes.
LITERATURA

O QUE EU PUDE ESCREVER

Se eu escrevo, eu eternalizo minhas palavras;
então eu vou, voando.

Milagre

Hoje, quando olhei
pela janela do ônibus,
vi uma coisa um tanto estranha...
uma pessoa estava feliz,
e eu vi isto em seus olhos...

29/05/2003
in: Jornal Letras do Oeste nº3, 2004
Senha

Símbolo sonoro que ecoa sua voz
nas imprescindíveis paredes da minh'alma.
Saberão decifrar quando for preciso...

17/06/2004
in: O Verso Não Cantado & O Canto Não Ouvido, 2006
Na Tarde de Todos os Dias

Paira a dúvida.
Paira a certeza.
Paira a túrgida
imagem da beleza.

Habito no deserto
do que chamo ser.
Caminho incerto
em cada entardecer.

Mas tenho o alvo
de mim superior,
que é marcar um trato
no meu interior.

Então entendo;
vivo;
e vou vivendo.

20/12/2007
in: Menos Síncopes, 2008
Quando Tudo

Quando tudo já se passou
e vejo a hora de me esconder
sinto a presença de mim mesmo
a tentar se intrometer.

Quanto tudo já se passou
e vejo que há muito me olvidei
de tudo o que achava verdadeiro,
e com isso me questionei.

Quanto tudo já se passou
e vejo que sozinho estou,
saio coração a dentro
e sinto o que se mortificou.

19/02/2008

MÚSICA

O QUE EU PUDE CANTAR

Se eu canto, eu passo a ouvir chuvas;
então eu fico um pouco mais onde estou.


EM BREVE


FOTOGRAFIA

O QUE EU PUDE VER

Se eu vejo eu contemplo;
então eu continuo lá por mais um tempo.



BLOG
sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

O mesmo, ou onde tudo começou

Ainda sobre o ano de 2019, a Sue e eu decidimos assistir a vários filmes antigos que deram origem a várias refilmagens e/ou adaptações. Dentre eles, como exemplo, assistimos aos originais King Kong de 1933 e Gojira (ゴジラ) de 1954. Alguns assistíramos outras vezes, já outros estavam em uma longa e infinda lista de espera.

De antemão, acredito ser necessário dizer que não nos consideramos cinéfilos, pois não é apenas à esta arte que costumamos dar uma boa atenção. Entretanto a ideia era justamente conferir o "onde tudo começou" e assim reavaliar as obras posteriores — sem qualquer intenção profissional, porém apenas por diversão e afim de aguçar o poder da observação.

Um pouco eclético talvez, revimos alguns longas de séries como Star Wars, Terminator e Resident Evil disponíveis até Dezembro daquele ano a fim de encerrarmos as sequências ou para nos prepararmos para os lançamentos de 2020. Infelizmente com certeza algumas teremos de abandonar; não vai dar para forçar mais...

Devotamos também uma atenção a clássicos que há muito queríamos assistir novamente e outros que ainda não tínhamos visto. Como exemplos destas duas categorias a trilogia The Godfather (1972, 1974, 1990), Psycho (1960), Taxi Driver (1976), The Name of the Rose (1986) e a minissérie Les Misérables (2000) com os fantásticos Gérard Depardieu e John Malkovich, este com uma pronúncia do Francês deliciosa de ouvir, ratificando sua paixão pelo país. Este último não tínhamos conferido ainda e posso dizer que é apaixonante e de uma leveza — mesmo diante da temática — que nos induz a uma imersão no todo contextual. E desde já peço que não me venham com comparações com a literatura, pois senão o trabalho não seria adaptação, ora! Talvez assistiremos às outras muitas filmagens, mas esta constava em nossa lista há muito tempo.

Muitos outros nós assistimos; algo em torno de três filmes por semana além de séries e seriados que "maratonamos", revimos e/ou que ainda estamos acompanhando. Obviamente há muitos outros em nossa lista, aliás no dia 20 deste mês, como mencionado no post anterior, assistimos ao Soylent Green (1973, traduzido brasileiramente por "No Mundo de 2020") que nos produziu um pequeno, apenas pequeno, desconforto aqui em 2020.

Como não prometi resenha — pois sequer sou bom nisso — apenas digo que a experiência foi muito boa e que o longa entrou para a minha memória principalmente por dois pontos: um que o filme vai entregando facilmente no seu decorrer, que é sobre a origem do alimento homônimo ao longa; e o outro ponto foi a criatividade um tanto sombria sobre como o roteirista inseriu as futuras garotas de programa como "furniture girls". Sem dar chance a spoiler, apenas repito e completo: vale a experiência, sem dúvida, se você não tiver olhos arredios a filmes de orçamento modesto e anteriores à sua geração.

Mas voltando ao ano de 2019, eu estava a procura mesmo é de um filme que foi verdadeiramente difícil de encontrar, "tipo muito" (como costumamos brincar aqui no Studeō). Se trata de uma produção de 1937, também uma adaptação da obra literária homônima, Lost Horizon, de James Hilton (1933).

Infelizmente o filme teve vários trechos perdidos ao longo da história. Inclusive o mesmo traz algumas cenas fixas com o áudio original ao fundo a fim de não se perder também o áudio preservado. Isso mesmo! No meio do filme há cenas que simplesmente foram substituídas por imagens fixas da gravação e do próprio longa, alguns poucos frames recuperados, a fim de, ao menos, podermos acompanhar o decorrer da história pelo áudio. Porém vou precisar falar sobre este grande trabalho em uma outra postagem, não para criar alguma curiosidade nos estimados leitores, mas por realmente precisar tratar de outras artes no momento.

Finalmente, portanto, e visitando um lugar comum: o resumo para mim é que um dia começou algo que agora, no meio, nos direciona para um fim quase sempre perceptível aos nossos olhos. É tudo simplesmente uma questão de observação e paciência. Não é tão confusa quanto parece, a vida; na verdade, é quase tudo sempre muito igual ao que já passou. Estamos presentes em tudo, numa simbiose surreal como pigmentos presos ao óleo sobre tela, cujo resultado — paradoxo talvez do "quase tudo sempre muito igual ao que já passou" mencionado —, ainda se apresenta muitas vezes imprevisível. Sempre fomos assim e vamos continuar.

Perfeito?!
segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

O que haverá daqui em diante?

Há muito que me desafiei a escrever com mais frequência para publicações livres na internet, textos simples e sem muita preocupação estilística, apenas como desafogo e fruição para o desenvolvimento do material literário com o qual realmente tenho me empenhado. Bom, acabei por não publicar nada virtualmente por puro ciúme e mantendo como minha única leitora a minha amada esposa.

No final de 2019, entretanto, em conversa franca com a Sue, decidi que 2020 eu tentaria, mais uma vez, fazer real a minha intenção de libertar minhas criações, porém neste mesmo anteriormente já citado modelo despreocupado. Acredito que não estou muito preocupado com qual estilo este material será associado ao longo da história, afinal, faço-a, esta libertação, para minha própria.

E como é prazeroso simplesmente meter nossos filhos nos ônibus rumo a um congresso e dizer-lhes para serem felizes e se divertirem. Ele voltam cheios de histórias para contar sobre o que os outros acharam deles enquanto falam livremente sobre um assunto qualquer. Assuntos os mais variados que nos retornam um mar de novas histórias a contar. Sempre há quem os ame e quem os odeie, muitas vezes sem qualquer motivação especial. A crítica está sempre ali para provar algo. Aliás, acredito que esta será uma das primeiras lições que ensinarei aos nossos filhos em sangue.

Sem me delongar, nesta chamada para os próximos textos que apresentarei aqui, valer-me-ei hoje de um filme de 1973 para minha imersão cultural junto de minha querida companheira; filme a ser assistido pela primeira vez, e ainda nesta noite de hoje. A saber, este longa se trata de uma ficção científica distópica de nome Soylent Green, torpemente — mas oportunamente neste momento — traduzida no Brasil por No Mundo de 2020 e em Portugal por À Beira do Fim.

Apesar do título tupiniquim, o filme se passa na verdade (segundo as sinopses lidas) no ano de 2022 apresentando um cenário onde o alimento se tornou demasiadamente caro, subjugando a super população menos favorecida a um alimento verde e em barras, homônimo ao título original, e produzido por uma única grande indústria liderada por parte de uma elite que usufrui ainda dos itens mais escassos e, portanto, caros.

Não prometo fazer uma análise do que assistiremos, pois é apenas para mim que o faço. Entretanto posso indicar ou não posteriormente. Aguardem! A verdade é que uma resposta eu preciso para o título desta pequena redação e por enquanto apenas posso dizer que, não intencional, apresenta-se um tanto propício assistir a um filme brasileiramente chamado de No Mundo de 2020 neste dia 20 de Janeiro de 2020. Talvez eu assista no dia 2 ou ainda 20 do próximo mês. Devaneio!

Fico por aqui, sem dicas ou sugestões, apenas na intenção de levar meus dedos ao trabalho da escrita mais um pouquinho, um tantinho a cada dia, e a cada instante mais.

Perfeito?!
sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Minha ficção particular

Lembro-me de quando comecei a escrever definitivamente meus primeiros contos em 2004. Tudo bem!, sei bem que ainda não publiquei qualquer um deles, mas confesso que os mesmos são como uma espécie de injeção de coragem para novos projetos particulares. São como que apenas meus por enquanto! Então não espere lê-los em breve... mas isso pode acontecer. Mas quando comecei, lembro-me, era um novo momento, um novo mundo, o meu universo em criação no rebento de uma nova galáxia finda a brilhante morte de alguma estrela anã qualquer.

Entretanto, foco!, o que gostaria mesmo de dizer aqui é sobre meu ano novo. Não sei bem quantas vezes eu publiquei um texto marcando esta data. Muitos deles eu excluí, outros foram publicados em pequenos jornais e outros eu apenas engavetei. Mas, de fato, se tornou um hábito, um compromisso e neste ano novo, o meu ano novo, eu parei para refletir novos planos e projetos  lembrando-me de algumas coisas pelas quais passei; uma delas é a respeito da minha iniciação na prosa curta, a qual já mencionei.

Lembro-me que naquela época a cobrança era grande para moldar o texto às publicações coetâneas. Sei bem que hoje algumas coisas continuam assim, porém com o passar do tempo fui me desapegando destas cobranças que já nem sei por onde elas andam, e passei a agir com bastante desdém para com elas. Não sou inovador, mas sei que sou eu por mim mesmo e a isso não se põe mais moldes do que o contexto natural já nos entrega. Então criei meu mundo e ninguém tem poder sobre ele a não ser eu mesmo! Isso tudo é ficção, é outro universo, mas também é bastante real e precioso.

Outrossim, já que não publiquei qualquer dos contos que mencionei anteriormente, lembro-me — compulsado —, de uma vez ouvir: “você diz estar sempre ocupado em vários projetos, mas nunca vejo uma produção sua ou o que você está fazendo”. Ora, meu caro, nunca imaginei que as cobranças da minha iniciação à prosa fossem tomar conta inclusive do que há de mais íntimo e particular: os meus próprios projetos. Descansei e nem respondi!

De fato, há algo de muito importante em se criar um mundo somente seu. Não me refiro a uma vida eremita, mas um espaço mental entre você e o que o rodeia, espaço este o suficiente para a preservação da sua integridade intelectual. Bom, que seja bobagem, mas para mim deu muito certo! A prosa que você cria passa a ser sua casa onde você é o protagonista ou se passa por um qualquer por opção. É um espaço onde o herói é você, o que passa a lutar com o inimigo que também o é, e assim passa a notar que tudo não passa de observação, análise e logo supõe que nada mais é absoluto, apenas se você o quiser assim.

E ser você quem te inspira coragem é um presente em dias cruéis onde é cada um por si e onde também todos estão perdidos. Mas espere! Há muita beleza em tudo isso! Até mesmo estar perdido! Basta que você seja o melhor de todos ao se redor, mas para si mesmo e apenas — aliás um pouco de egoísmo não mata —, sem fazer de ninguém o pior para si também, mas como adendo um só alerta: mantenha distância do perigo! Tudo bobagem — pensei agora —, mas talvez de alguma importância nesta louca ficção na qual nos encontramos agora.

Sem mais, um ano melhor que o anterior, talvez, mas desejo mesmo é que os desafios continuem a instigar o nosso nobre e particular herói neste grande romance distópico. Não há muito a reparar, se não observamos atentos os anos que se esvaem.
terça-feira, 20 de agosto de 2019

Nova Etapa

Algo inevitável, detalhe da vida, mudança de rumo, adaptação. Em pouco tempo percebo que alguns sonhos se realizam naturalmente e posso simplesmente saborear as circunstâncias.

Isso é sublime e encantador. É o hoje, o agora que transita velozmente dentro de mim. E logo estamos lá: eu e quem mais comigo estiver.
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